A pandemia do Covid-19 nos leva a refletir sobre quais medidas foram elaboradas pelo país em relação à saúde das populações mais vulneráveis.
Além das dificuldade do acesso à saúde por esses indivíduos, soma-se fatores sociais, econômicos, culturais, ambientais e habitacionais, como o acesso à água e saneamento básico.
Nesse cenário, carecem políticas públicas voltadas à assistência aos moradores de favelas - 13,6 milhões em 2020 (DATA FAVELA, 2020, apud CEOLIN e NASCIMENTO, 2021).
Somente em Junho de 2020 (3 meses após o início da pandemia) uma medida de enfretamento ao Covid-19 direcionou-se diretamente a população favelada, sendo referente à estratégia para reforçar a assistência da mesma pelo SUS.
Consequentemente, além da impossibilidade de realizar o isolamento social, 80% das famílias que vivem em favelas estão sobrevivendo com menos da metade da renda, dependendo de doações para adquirir o básico do dia-a-dia (DATA FAVELA, 2020, apud CEOLIN e NASCIMENTO, 2021).
Dessa forma, resta a esses indivíduos sair de casa para garantir condições de sobrevivência e organizar, eles próprios, formas de enfrentar a pandemia.
Texto baseado no artigo “Interfaces entre saúde global e desigualdade social em tempos de pandemia: A (des)proteção das favelas brasileiras no enfrentamento ao Covid-19” (2021), de Raquel Ceolin e Valéria Ribas do Nascimento, disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/53560
Comments